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Jeane MartinsPublicado em:
"Alianças de peso na política americana"
Elon Musk, frequentemente apontado como a pessoa mais rica do mundo pela Forbes, é um dos principais nomes desse grupo. Com um patrimônio estimado em US$ 415,5 bilhões, Musk, fundador de empresas como Tesla e SpaceX, está diretamente envolvido com o governo Trump. Após financiar parte da campanha republicana, Musk foi indicado para liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental. Essa pasta teria como objetivo principal simplificar processos burocráticos e promover reformas estruturais de grande alcance.
"Elon Musk - (AI)"
O bilionário também utiliza suas plataformas, como o X (antigo Twitter), para influenciar a opinião pública e apoiar políticos de extrema direita ao redor do mundo. Um exemplo disso é sua colaboração com lideranças conservadoras europeias para desafiar governos mais progressistas.
Jeff Bezos, criador da Amazon e segundo mais rico do mundo, também se juntou ao círculo de Trump. Apesar de enfrentarem desentendimentos no passado — incluindo críticas do ex-presidente ao jornal “The Washington Post”, de propriedade de Bezos —, os dois parecem ter encontrado interesses em comum. Bezos participou de jantares com Trump e outros bilionários em Mar-a-Lago, sinalizando uma relação de cooperação.
"Jeff Bezos - (AI)"
A Amazon, por sua vez, doou US$ 1 milhão para ajudar no planejamento da posse de Trump. Esse gesto simboliza uma mudança estratégica e pode indicar uma aproximação mais ampla entre o setor tecnológico e o governo republicano.
Outro nome de destaque é Mark Zuckerberg, fundador da Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp). Com um patrimônio de US$ 213,8 bilhões, Zuckerberg tem alterado as políticas de moderação de conteúdo em suas plataformas, alinhando-se ao discurso de Trump. Um exemplo disso foi o encerramento do programa de checagem de fatos, permitindo maior liberdade para publicações políticas, mesmo as polêmicas
"Mark Zuckerberg - (AI)"
Zuckerberg também participou de encontros pessoais com Trump, reforçando a relação. A Meta doou, assim como a Amazon, US$ 1 milhão para apoiar a organização do evento de posse. Essas ações mostram que o empresário está buscando uma relação mais próxima com a administração republicana.
Embora não figure entre os bilionários, Dana White, presidente do UFC, é outro nome de peso no círculo de Trump. Longtime amigo do ex-presidente, White desempenhou um papel importante em sua campanha de reeleição. Além disso, ele foi recentemente indicado para o conselho da Meta, reforçando os laços entre os dois.
"Dana White - (AI)"
White tem utilizado sua influência no esporte para promover Trump e estreitar os vínculos entre o empresariado e o governo. Sua presença no cenário político é um exemplo de como figuras influentes de diferentes áreas podem atuar para fortalecer alianças.
A crescente proximidade entre bilionários e o governo Trump também gerou críticas. Uma das mais notáveis veio da cartunista Ann Telnaes, que recentemente se demitiu do “The Washington Post”. Segundo Telnaes, seu trabalho foi censurado por criticar a relação entre grandes nomes da tecnologia e o presidente. Seu cartum retratava bilionários como Musk, Bezos e Zuckerberg entregando sacos de dinheiro a Trump, ilustrando uma dinâmica de influência controversa.
Essa polêmica destaca as tensões em torno da colaboração entre grandes fortunas e o poder político, gerando questionamentos sobre os impactos dessa relação na democracia.